terça-feira, 9 de abril de 2024

Levante-se

As expectativas são grandes. Os sonhos são imensos. As realizações são frouxas e decepcionantes. Como continuar com sorriso no rosto e firmeza no caminhar, quando o que mais certeiro pode nos atingir são os olhos que lacrimejam e o tropeço inevitável a cada passo? 

Como fazer acontecer o "levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima", se, logo em seguida, a certeza é voltar a cair? Para quê continuar nesse loop infinito de quedas e levantes, se o mais fácil é desistir e ficar onde quer que tenha ocorrido o desmonte?

Mas levantamos. Levantamos porque essa é a única opção. Levantamos porque no chão duro nada se cria. Na inércia, a vida passa e ninguém evolui. Como dizem "o processo pode ser lento, mas desistir não faz ele ser mais rápido". Viver exige movimento. É exaustivo, eu sei. A cada queda, algo se quebra. Cada queda nos pede mais compreensão e carinho em juntar as partes quebradas e ao mesmo tempo mais força e firmeza para levantar.

Junte seus pedaços. Mova-se. Você tem mais a oferecer do que imagina. Busque forças para te auxiliar na caminhada. Aceite a mão sincera estendida para te ajudar a caminhar. Volte acreditar que a cada queda, você está mais forte, mais resistente, mais perspicaz. A recompensa no final do caminho fará tudo valer a pena e pelo caminho haverá belas paisagens. Nem sempre o cenário será só o chão poeirento. Por isso: apenas levante-se e siga em frente.

Por Nathália Gomes

domingo, 11 de fevereiro de 2024

[Resenha] Carrie Soto Está de Volta - Taylor Jenkins Reid

 Olá, pessoinhas!

 📚 Como prometido, voltando com o movimento por aqui! E para iniciar os trabalhos, vamos de resenha de livro! O escolhido é Carrie Soto Está de Volta, de uma autora badalada do momento, a Taylor Jenkins Reid.

Essa retomada com resenha vai ser bem teste, tá bom? Vou tentar um pouco do antigo formato, ver o que posso incrementar e ir alterando aos poucos, até sentir que ficou num jeitinho bacana para ir tocando as resenhas. Qualquer sugestão, só deixar nos comentários!

Título: Carrie Soto Está de Volta
Autor: Taylor Jenkins Reid
Editora: Paralela
Páginas: 352
Ano de publicação: 2022
Classificação indicativa: +14
Sinopse: Neste poderoso romance sobre a busca pela perfeição, uma atleta consagrada tenta voltar ao topo mesmo quando todos acham que seus dias de glória estão no passado. Da autora dos best-sellers Os sete maridos de Evelyn Hugo, Malibu renasce e Daisy Jones and The Six.
A tenista Carrie Soto se aposentou no auge, com a tranquilidade de ter atingido um recorde imbatível: foram vinte títulos Grand Slam conquistados ao longo de sua carreira. Mas apenas cinco anos depois de seu retiro das quadras, ela assiste Nicki Chan igualar sua marca, trazendo a sensação de que seu legado está comprometido. Disposta a chegar aos seus limites, Carrie tem o apoio de seu pai, Javier, ex-tenista que a treina desde os dois anos de idade. Ele parece ter seus próprios motivos para incentivar a filha nesta última temporada que promete desafiar ambos num jogo que exige tanto física quanto mentalmente.
Em uma inesquecível história sobre segundas chances e determinação, Taylor Jenkins Reid nos cativa com uma protagonista forte como sempre e um romance emocionante como poucos.

Taylor Jenkins Reid conquistou um espaço indelével entre os bookstans por criar livros sobre celebridades. Entretanto, veja bem: celebridades estas que sequer existem, pois seus livros não passam de ficção. Mas a Taylor transmite tamanha verossimilhança e seus personagens são tão complexos e cativantes, que gostaríamos que eles fossem do mundo real. Por vezes, até esquecemos que eles não são de verdade. Eu não apenas consigo imaginar uma Evelyn Hugo como rainha do cinema por aí, um Daisy Jones & The Six fazendo sucesso musical meteórico, como também uma Carrie Soto tenista recordista e marrenta.

E é dela que vamos falar hoje: Carrie Soto. Acredito que seja uma das melhores personagens que TJR já criou. Ela tem a mesma complexidade de sentimentos e atitudes que fazem a gente amar e ao mesmo tempo nos questionarmos sobre sua personalidade, tal qual a Evelyn Hugo. A diferença aqui reside no universo: o da Evelyn era o cinema, que parecia estar sempre suscetível a acontecimentos e desastres das naturezas mais variadas possíveis. Já Carrie está na carreira esportiva, também possível de altos e baixos, mas as coisas parecem fluir sempre para os mesmos lugares: ganhar e perder.

Carrie é uma vencedora e foi criada assim. Detentora do maior recorde no tênis, seus 20 Grand Slams garantiram a Machadinha de Guerra, apelido "carinhoso" dado pela mídia, eternizar seu legado e se aposentar na certeza de ser imbatível. Se isso é o começo do livro (e a própria sinopse), onde está a complicação?

Pois bem, a complicação está na própria Carrie. Entendam: estamos falando de uma máquina de vencer. Alguém com um ego para lá de alto, que apesar de todas as outras carências humanas, como querer amar e ser amada, sua maior necessidade reside em consolidar um recorde para eternidade, algo fora de seu controle, mas que obviamente nossa mocinha não perceberá de primeira. E após anos afastada das quadras, ao ver uma destemida Nicki Chan igualando seu recorde, Carrie retorna. Apenas para defendê-lo.


E ela volta braba. Destemida. Ousada. Determinada. Focada. E muito marrenta, teimosa e complicada de se relacionar! Carrie Soto não é o que poderíamos chamar de Miss Simpatia, rs. Bem longe disso. 

Algo bastante perceptível ao decorrer da obra é como a Carrie, assim como todo ser humano, é cheia de qualidades e defeitos. E a autora não dá nenhum mole para sua protagonista. Como nossa querida tenista tem sempre os olhares do mundo a sua volta, é sempre muito fácil captarem seu talento, mas também suas vulnerabilidades, suas escorregadas. E por ser naturalmente marrenta e deliberadamente escolher essa pose desde o início de sua carreira, Carrie Soto não é a menina dos olhos da imprensa. 

E isso é que é o legal: a Taylor conseguiu explorar camadas incríveis de sua personagem. Uma Carrie que para muitos é dura como pedra, mas que ao decorrer de sua narração, que é em primeira pessoa percebemos que é vulnerável e quer viver a vida de uma campeã, mas também quer muitas outras coisas simples que outros seres humanos querem. É uma jornada de vitórias e derrotas, não apenas o esporte, mas para a própria jornada interior da Carrie enquanto pessoa.
“Talvez seja mentira que você tenha que continuar fazendo o que sempre fez. Que você deve ser capaz de traçar uma linha reta de como agiu ontem para como agirá amanhã. Você não precisa ser consistente. Você pode mudar. Só porque você quer.”
Enquanto ela enfrenta duras partidas nas quadras, seu coração também passa por temporadas deliciosamente difíceis. Seu retorno marca um novo período de amadurecimento, de se abrir para outras oportunidades e descobrir uma Carrie Soto para além da lenda do esporte. O tênis e a incansável busca por manter seu recorde é um grande foco do livro, do início ao fim, mas temos também a Carrie que se apaixona e quebra a cara, a Carrie filha que só quer agradar o pai, a Carrie que vive lutos, a Carrie que por trás de toda a fachada para uma imprensa que a pinta injustamente como alguém pior do que ela realmente é, também pode se abrir a amizades genuínas.

Outro ponto do livro que merece atenção é os demais personagens que rodeiam Carrie Soto. Seu pai, Javier Soto, provavelmente é a segunda figura mais importante do livro. É quem mais marca a vida de Carrie, pois foi quem a introduziu ao esporte, a treinou e a motivou, não apenas na primeira fase de sua carreira, mas também no seu retorno às quadras. É uma relação bela (uma das melhores que a Taylor já criou nesse universo), com altos e baixos, cumplicidade, afeto e admiração mútuas.

As rivalidades com outras tenistas também é algo deliciosamente explorado. Nossa Machadinha de Guerra, extremamente competitiva como só ela é, vê nas outras tenistas obstáculos a serem derrubados. Mas sabemos que do outro lado da rede estão outros seres humanos, que, assim como Carrie, terão qualidades, defeitos, ações e reações que influenciarão diretamente na trajetória de Carrie também. A rivalidade emblemática com Nicki Chan é uma das maiores provas disso. O desenrolar e a conclusão é tão satisfatória, que para mim é um dos pontos mais altos do livro e que mais me ganhou enquanto leitora.

Bowe Huntley, seu interesse amoroso, também merece destaque. Acertadamente, a autora deu o foco que o romance merecia na obra: nada que tirasse o holofote da premissa, mas que também não fosse um lado renegado da protagonista. A história de amor da Carrie galgou o espaço que deveria, crescendo moderadamente, no tempo certo, com complicações e resoluções. E tudo regado a tênis!

Ah, o tênis... Esse esporte que nunca cheguei a acompanhar, mas agora amo de paixão (se me perguntarem, só conheço o nosso querido Gustavo Kuerten que nunca consigo pronunciar o sobrenome). O esporte do livro ganha uma dimensão e descrição tão maravilhosa e detalhada, que a sensação é de estar nas arquibancadas ouvindo o barulho das raquetes e a emoção dos sets. A Taylor não deixa nada de fora: descreve regras, movimentos, estratégias e narra cada jogo pelos olhos da Carrie, te trazendo ali para a quadra. Dá até medo, para quem não curte o tênis ou nunca ouviu falar sobre, de cair no tédio ou se sentir perdido, mas não acontece. A emoção da narrativa deixa a gente na expectativa pelo resultado, tal qual ver um jogo esportivo de verdade. Ler esse livro sem nenhum spoiler do que vai acontecer é uma experiência sensacional.
“É preciso saber aproveitar o embalo quando está dando tudo certo e ter força para nadar contra a corrente quando a maré vira.”
É um livro sobre recomeços, segundas chances e descobrir o que verdadeiramente é ganhar ou perder, para além de um título esportivo. Tudo sob a maravilhosa escrita de uma autora que não precisa de grandes floreios narrativos, apenas de bons personagens, boas histórias e dedicação aos detalhes para convencer qualquer leitor.

Recomendado? Demais! Se você já leu os três livros anteriores a este (Os Sete Maridos de Evelyn Hugo, Daisy Jones & The Six e Malibu Renasce), verá que em Carrie Soto Está de Volta, a Taylor Jenkins Reid não deixa nada a desejar.

Avaliação pessoal: ⭐⭐⭐⭐⭐

Se curtiu esta resenha, sinta-se à vontade para compartilhar com alguém interessado. Comentários também são sempre bem vindos!

Até a próxima!
Beijos e queijos! 😘

Estou voltando! (tentativa nº 578651)

 Olá a todos os old school que ainda persistem na bela arte de apreciar os agora não-tão-famosos blogs!

Estou vindo mais uma vez na tentativa de retomar as postagens neste estimado site. Pois é...

Ler esse texto ao som de Roberto Carlos - O Portão (brincadeira!! Não faça isso, rs. Ou faça, você que sabe...)

Ainda não sei bem tudo o que exatamente quero desenvolver por aqui. Nem a regularidade. Sempre que apareço do nada, uso o espaço de forma completamente aleatória (vide os últimos posts de denúncia social, poema, resenha de livro e outros recadinhos dizendo que tinha voltado e era mentira...).

Desde que criei este blog, queria que ele fosse o espaço para eu falar das coisas que mais gosto e do que mais sentisse vontade. Logo no começo, a dez anos atrás (nossa, o blog vai fazer dez anos, mané!) foi assim por um tempo. Eu falava de livros, filmes, séries, música. Se surgia um outro assunto nada a ver com estes meus hobbies, mas sentia o desejo de aproveitar o espaço, eu falava também (revisitando o blog, estes dias encontrei um post que fiz sobre o passo a passo do que fazer depois que te roubam o celular, haha! Obviamente que fiz o post no calor dos sentimentos após um assalto, rs).

E é isto que tentarei recuperar aqui. Falar das coisas que gosto ou que sinto que preciso falar, aproveitando todo o espaço e as ferramentas. Não posso prometer uma periodicidade. Na verdade, talvez nem tenha ou terei público aqui para prometer o que seja...  Mas pelo menos a mim, posso prometer tentar. Mais uma vez.

A retomada é também pela necessidade de usar esse espaço e tudo que ele dispõe. Afinal, eu não deixei de falar dos meus hobbies, deixei de falar deles aqui. Fui uma das muitas produtoras de conteúdo que com o crescimento das redes sociais, migrou totalmente sua produção. E foi bom e meio acertado em alguns aspectos. As redes sociais é onde as pessoas estão se concentrando para consumir no mundo virtual, então lá a sensação é que temos com quem falar e aqui estávamos começando a falar com as paredes.

Confira um dos motivos do meu sumiço (e de vários outros desse tipo de blogsfera): o movimento migratório. Conheça o Leituras da Nath.

A grande questão é que lá é um ambiente limitado. Principalmente quando o seu foco é criar, criar e criar. O Instagram (vamos logo falar o nome do querido, né? Todo mundo sabe que é ele) inventa várias funcionalidades, mas nunca te permitirá algumas coisas. Escrever um tanto mais é uma delas e a que mais me incomoda. É o limite da rede e quem quiser que aceite, se adeque. E tudo bem. Mas depois de um tempo falando opiniões sobre livros que nem sempre cabiam em dois mil caracteres, é que percebemos como esse tipo de formato aqui faz falta.

Principalmente por isso estou tentando voltar. Aproveitar o espaço e falar muito. Criar mais. Explorar outros assuntos, até porque no perfil do insta, nichei muito para livros. Mas também quero integrar os assuntos daqui com os de lá. Fazer resenhas maiores aqui e adaptar num formato menor para lá. Espalhar imagens e outras mídias ao decorrer do texto como minha criatividade e vontade quiser. Espero conseguir. Se não conseguir, enfim: eu tentei. Pela milésima vez, mas faz parte.

Last but not least: também preciso fazer jus a esse domínio que continuo pagando, haha.

E por enquanto é isso galerinha! Até qualquer momento, se não me der a louca e eu já não tiver mudado de ideia novamente, haha

Beijos e queijos! 😘 (continuo usando isso como marquinha final ou tá fubangagem demais? rs)

Pós-edit: obviamente, outras coisas do site estão desatualizadas também. Há informações em janelas que precisam ser corrigidas, links quebrados que levam a coisas que não existem mais e etc. Tudo vai ser ajeitado. Aos poucos. Quero até dar uma repaginada no layout, pois meio que tenho uma identidade visual, um esquema de cores (que obviamente não é esse do atual site) e quero trazer para cá. Tudo a seu tempo, amores.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Drama universitário: vários estudantes de Socorro são deixados de fora do transporte ofertado pela Prefeitura

Edital que acontece anualmente no município não contempla dezenas de estudantes que atendiam aos critérios para utilizar o transporte em 2022. Exclusão de rotas e má distribuição de vagas também são outras queixas.

Estudantes socorrenses se reúnem em frente ao campus da UFS em São Cristóvão na manhã desta quarta-feira, 09, para conceder entrevistas sobre a situação e cobrar esclarecimentos.

Em dezembro de 2021, a Universidade Federal de Sergipe anuncia retorno presencial às atividades num modo híbrido, alternando aulas no campus e aulas remotas. O que deveria ser felicidade pela volta à rotina universitária, para os universitários de Nossa Senhora do Socorro mistura-se ao sentimento de apreensão: a dúvida se o transporte estudantil voltaria a ser ofertado, suporte indispensável para manter muitos socorrenses estudando.

A partir de então, iniciou-se uma série de situações que só trouxeram dor de cabeça aos estudantes. Após muito solicitar a Prefeitura do munícipio, tendo apoio de alguns deputados, órgãos estudantis e até mesmo da própria UFS, o edital foi lançado, porém com bastante falhas, incoerências e atraso: resultado preliminar dia 31 de janeiro, pedido de recurso até o dia 01 de fevereiro e resultado final no dia 07 de fevereiro. Ainda sem saber quando os ônibus de fato começariam a rodar, isso só Deus sabe quando.

Detalhe: as aulas na universidade começaram dia 31 de janeiro.

Se o drama de não saber quando o ônibus começaria a rodar já não fosse o suficiente, ainda houve mais decepção no último dia 31, pois muitos ficaram de fora, mesmo atendendo a todos os critérios (baixa renda, ordem de inscrição e maior idade). Gabriel Soares, estudante de Matemática na UFS diz: “eu atendi a todos os critérios. A renda na minha casa é baixa para cinco pessoas e fiz minha inscrição com dois minutos de processo aberto. Ainda assim não passei, enquanto conheço outras pessoas que tem uma renda bem maior que a minha e passaram”.

Além da análise dúbia dos critérios de aprovação feita pela Comissão do Transporte Estudantil, os alunos ainda precisam lidar com a exclusão de rotas. As rotas vespertinas para a UFS destinada aos alunos residentes dos bairros Piabeta, Marcos Freire, Albano, João Alves e arredores, simplesmente deixou de existir no edital de 2022. A Prefeitura de Nossa Senhora do Socorro, quando questionada sobre isso, afirma em suas redes sociais ter planejado as rotas com base nas rotas já existentes. O que ela não compreende é a mentira que comete, pois a rota supracitada sempre existiu até o momento que a pandemia se instaurou, como também afirma Gabriel Soares, que utilizava a rota vespertina desde 2018.

A Prefeitura de Nossa Senhora do Socorro tem se baseado num edital defasado do ano de 2020, que também gerou diversas controvérsias, pois haviam as mesmas problemáticas do atual. Ela conseguiu sair pela tangente desta questão naquele ano, salva pelo gongo do início da pandemia e, consequentemente, suspensão das aulas. Porém com a volta das aulas já ocorrendo, ela não poderá mais escapar de cumprir com o seu dever e prestar os devidos esclarecimentos.

Para fechar com chave de ouro, temos ainda a questão da distribuição de rotas e vagas, tendo a rota 12 (linha vespertina: Fernando Collor e João Alves; destino: ESTÁCIO, UNIT, FACAR, FAMA E UNIP) uma oferta de 80 vagas, como afirma o edital. A grande (des)graça é a Comissão ter selecionado tanto no resultado preliminar, quanto no resultado final, apenas uma única pessoa. Isso mesmo. Uma rota com 80 vagas e provavelmente duas ofertas de ônibus, só tem uma pessoa, enquanto outras rotas extremamente lotadas tiveram vários estudantes de fora.

Rota 12 na qual só foi selecionada uma pessoa, quando as vagas eram 80. A readequação de rotas e vagas prometidas pela prefeitura após o resultado preliminar nunca veio, mesmo após o recurso. Todas as informações sobre o processo seletivo para acesso ao transporte estudantil são públicas e podem ser encontradas no site https://socorro.se.gov.br/chamamento-publico-transporte-escolar/.

Frente a toda esta situação, os estudantes prejudicados tem se movimentado da maneira que podem. Se manifestando nas redes sociais da Prefeitura cobrando um posicionamento coerente; enviando petições e solicitações para os canais ofertados pela mesma; indo até o gabinete administrativo de Socorro e à Secretaria de Transporte do município. Nada tem adiantado muito. Considerando que quase todas as cartas tem sido utilizadas, agora estão recorrendo a grande mídia: aos jornais de TV e portais de notícias online esperando que suas vozes sejam ouvidas e este drama tenha um fim para que a partir de então todos possam estudar com a tranquilidade de seus direitos assegurados.

Confira neste link a reportagem na íntegra que foi concedida para o SE - 1ª Edição da TV Sergipe.

Por Nathalia Gomes

Este texto é uma denúncia social advinda da frustração dos universitários socorrenses. Está amplamente permitido o seu uso parcial ou completo nos demais portais de notícia, desde que o propósito seja ajudar os universitários do município. Para mais informações, por favor entrar em contato pelo e-mail nathgomeslima@gmail.com

sábado, 29 de janeiro de 2022

[Resenha] A Violeta de Vênus - Mishal Katz

 E aí, galera!!! Quem é vivo sempre aparece!

Sumi por vários meses, anos mas tô de volta e mais uma vez na tentativa de trazer conteúdo para cá! Vamos ver se rola dessa vez, rsrs.

E hoje trago uma resenha de um nacional muito interessante que li esses dias. Vamos a ele:




Título
: A Violeta de Vênus
Autor(a): Mishal Katz
Editora: Independente
Páginas: 370
Ano de publicação: 2021
Classificação indicativa: +14
Avaliação pessoal: 
Sinopse: "Um jovem incapaz de integrar sua existência à vida sofre o abismo que há entre o ser e o seu viver. Feio, azarado e sem talentos, julga-se açoitado pelo destino, injustiçado pela natureza a qual passa a confrontar. Beleza e feiura, justiça e injustiça, criador e criatura, liberdade e destino são algumas das metades contrapostas neste romance em versos com diálogos rimados, cujas personagens se expressam por soneto, trova, cordel, entre outros estilos poéticos".
⚠ Gatilhos: estupro, prostituição, violência, suicídio, depressão.




O jovem no qual a estória se centra é um rapaz que vive extremamente angustiado e preso a um complexo de inferioridade. Ele acredita ser a pior entre as criaturas, desprovido de qualquer justificativa para viver, algo ao que ele possa se agarrar e entender a vida como digna.

É em meio a estes sentimentos que ele é confrontado por novos vizinhos que irão colocá-los em situações fora de sua zona de conforto. Há uma mulher (claro que há uma mulher!) que irá despertar nele emoções das quais ele sempre fugiu. É nesta jornada de autodescoberta, reflexão, questionamentos e muita dualidade que iremos embarcar. Tudo envolto em pura e completa estilização poética.

É um livro fora da minha zona de conforto, pois eu até leio poesia de vez em quando, mas não da forma como foi apresentada, contando uma história tão intrincada, misturando elementos, formas e métricas. Quando leio poesia, já espero me deparar com pensamentos soltos, abstrações e aleatoriedades que façam sentido a nossa abertura à subjetividade do escrito. Mas não esperava encontrar uma estória com começo, meio e fim; desenvolvimento amarrado e muita reflexão num tom tão poético.

Pela forma como é apresentada, através de rimas e mistura de estilos poéticos, é bem comum ficar confuso no início (principalmente se você está mais acostumado com estórias em prosa, como eu). Mas o livro não fica desinteressante nem uma única vez e logo tudo flui como se você estivesse acostumado a este tipo de narrativa desde sempre.

Você também pode conferir uma versão resumida dessa resenha no meu bookstagram clicando aqui!

A conversa com a dualidade, com os questionamentos ao destino, Deus ou seja lá qual ser superior que possamos atribuir, tem o poder de levar o leitor junto. Existem muitas referências interessantes, inclusive um capítulo dedicado ao Inferno de Dante, e com certeza tiveram outras que minha pouca perspicácia e conhecimento não foram capazes de reconhecer.

Houveram muitos momentos reflexivos e que eu até achava que o livro iria dar devaneios demais, mas sempre voltava ao centro. A estória se distancia um pouco, até mesmo para ter mais liberdade poética e brincar com estilos e formas, mas nada que nos afaste demais da narrativa. Rapidinho ela voltava a conversar sobre a premissa principal. Tudo sem perder a grande sacada que é o tom poético.

É um livro que recomendo muito para quem gosta de se desafiar com suas leituras, pois pode surpreender. Para quem curte poesia, vai amar, sem sombras de dúvidas. É um livro de uma escritora nacional independente que é talentosíssima. A Mishal Katz já tem outros livros escritos e como este é o segundo que leio dela, já estava com a expectativa de que traria algo belíssimo, criativo e de extremo talento literário.

Recomendo muito a leitura, aquisição ou empréstimo, pois ele está disponível no Kindle Unlimited. Você pode adquiri-lo, clicando aqui! 

Espero que vocês tenham gostado e compartilhem esta resenha com alguém que está atrás de uma leitura diferentona e super legal, pois com certeza A Violeta de Vênus se encaixa perfeitamente!

Até a próxima!
Beijos e queijos! :*

sábado, 16 de maio de 2020

Parodoxos


Gosto do olhar simples que revela tudo e liberta. Gosto do brilho intenso das janelas da alma que te arrastam e te prendem a segredos insondáveis. Gosto da leveza da pessoa ser o que é, sem complicações, sem desprendimentos. Gosto da complexidade que instiga e me faz tentar desvendar o mistério por trás de cada ser humano. Gosto dos verões e dos invernos. de estar livre no calor, correr para o mar. de me recolher embaixo das cobertas e aproveitar o friozinho. gosto de estar no meio de gente, aproveitando a companhia. Gosto de estar comigo mesma, acompanhada apenas de Deus. gosto de ser calmaria, sorriso que acalenta, mão que acolhe. Gosto de ser tempestade, agitar pensamentos, te tirar da sua zona de conforto. eu gosto do 8 e do 80. Nem sempre eu sei lidar com as duas faces da moeda, mas sei que sem uma delas a moeda fica incompleta. E eu gosto de ser inteira.

(Nathália Gomes)

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

[Resenha] O Som do Amor - Jojo Moyes

Olá, terráqueos!

Apesar de nunca ter postado nada aqui sobre ela, eu sou uma super JojoLover! Hoje trago minha primeira resenha de um livro dela, O Som do Amor.


Título: O Som do Amor
Título Original: Nigth Music
Autor(a): Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
Ano de publicação: 2016
Avaliação pessoal: 
Sinopse: Matt e Laura McCarthy são obcecados pela ideia de herdar a Casa Espanhola — uma construção malcuidada e quase em ruínas no condado de Norfolk, interior da Inglaterra, que tem um valor simbólico para os moradores locais. Para atingir esse objetivo, Laura, a mando do marido, faz todas as vontades do velho Sr. Pottisworth, o proprietário. Entretanto, como o homem nunca deixou nada por escrito, quem acaba por herdar a casa é uma parente distante, Isabel Delancey. Primeiro violino na Orquestra Sinfônica Municipal, em Londres, Isabel tinha uma vida tranquila com seus dois filhos e o marido, mas tudo virou de cabeça para baixo quando ele morreu em um acidente de carro e deixou uma grande dívida. Sua única oportunidade de recomeço é fincar moradia na Casa Espanhola - algo que o casal McCarthy vai tentar impedir a qualquer custo. O Som do amor é um romance sobre obsessão, manipulação, segredos e paixões. 


"O Som do Amor" conta a história da violinista Isabel e seus dois filhos, que após perder seu marido e sua segurança financeira, se vê obrigada a mudar de casa - e de estilo de vida - para conseguir tocar a vida.

Toda a problemática do livro gira em torno da casa (velha e acabada) para qual Isabel se mudou, que é muito cobiçada por um casal que são seus vizinhos. Ao longo da história vemos os jogos e esforços que são realizados para que cada um consiga seus objetivos: Isabel, que tenta sustentar seus filhos e tornar a nova velha casa um lar decente; Matt e Laura (o casal vizinho) que quer a casa de qualquer forma.

O livro não chega a ser ruim, mas é com tristeza que digo que é o mais mediano da Jojo. Bem três estrelas mesmo. A história tinha muito potencial, porém não parece que foi bem aproveitado. Não tem nenhum momento muito "oooh" e você leva a leitura inteira naquela coisa bem morna. Os personagens não chegam a te cativar, apesar de serem bem reais e humanos, e as tramas que os envolve, até mesmo as amorosas, não dão nem uma aquecidinha no coração. Ainda assim, consegui me afeiçoar um cadin ao filho Thierry. Ele é fofo.


Para quem gosta de leituras muito rápidas e dinâmicas, vai achar esse livro parado, talvez até mesmo tedioso. Por isso recomendo paciência e nada de querer ler o livro todo de uma vez, porque senão você cairá numa maré de desgosto. Se você ler um pouquinho a cada dia, conseguirá captar mais do livro e até gostará dele. Vai ser uma boa leitura se você não for com muita sede ao pote.

E você, já leu algum livro da diva do romance Jojo Moyes? Compartilha sua opinião!